O mercado de freelancer está em alta no Brasil. Com a Reforma Trabalhista e a Lei da Terceirização, a expectativa é que aumente ainda mais o número desses profissionais independentes.
Em uma pesquisa realizada pela Rock Content junto com a We Do Logos e 99jobs, 77,3% das pessoas entrevistadas já trabalharam – ou trabalham – como freelancers.
Um dado gigantesco, certo? Pra completar, o restante dos 9571 entrevistados disseram ter interesse em viver de freelas.
Um ponto positivo para os coworkings
O coworking ainda não é o espaço de trabalho mais utilizado pelos freelancers.
Apesar disso, o crescimento desses profissionais pode representar um ponto super positivo para os espaços compartilhados de trabalho.
Com o excelente custo-benefício, é natural que parte dos freelancers escolham o coworking na hora de tocar o seu negócio.
Somado a isso, está o clima muito mais profissional na hora de reunir com clientes e a possibilidade de estabelecer novas parcerias de trabalho, graças ao networking.
Pensando nisso, separamos alguns dados interessantes da pesquisa sobre o mercado de freelancer no Brasil.
Números esses que interessam tanto os escritórios compartilhados quanto os profissionais de pretendem ingressar na área.
O perfil do freelancer
O freelancer brasileiro é jovem. Tem entre 20 e 29 anos e possui, ao menos, curso superior. É formado em Comunicação e trabalha com Marketing Digital. Tem menos de três anos de carreira, mas se considera um expert na área.
A média salarial é baixa, algo em torno de R$1000. A carreira, entretanto, se constrói rapidamente. E em pouco tempo, essa renda tende a aumentar.
Eles são muito ativos, antenados, apostam no velho boca-a-boca para divulgar o seu negócio e são avessos ao escritórios tradicionais de trabalho.
Faixa etária
Apesar da maioria dos freelancers ter entre 20 e 29 anos (36,9%), todas as outras faixas etárias contam com esse tipo de profissional. Inclusive, acima de 40 anos (9,59%) e abaixo de 20 anos (3,41%).
Escolaridade
41,7% deles têm graduação completa, 25,8% ainda estão estudando ou não finalizaram seu curso, e 24,7% têm pós-graduação.
73% deles são da área de Humanas (respectivamente):
- Comunicação Social
- Design
- Administração
- Letras
- Marketing
16,7% de Exatas (respectivamente):
- Engenharias
- Sistema de Informação
- Ciência da Computação
- Ciência & Tecnologia
- Matemática
2,4% formaram em algumas das ciências biológicas (respectivamente):
- Biologia
- Nutrição
- Educação
- Física
- Fisioterapia
- Biomedicina
Alguns dados curiosos merecem ser mencionados.
Quase 40% dos freelas não atuam em sua área de formação. Metade deles por não terem encontrado emprego na área e 34,2% por escolha própria.
Desses, alguns encontraram uma oportunidade melhor em outro ramo, outros decidiram empreender, e o restante não curtiam muito a área de formação original. Tempo de mercado
A maioria dos freelancers ainda está no começo da vida profissional: 62,3% têm menos de três anos de carreira e 30,8% estão há menos de um ano no mercado.
O pouco tempo de mercado se deve à crise econômica, que diminuiu o número de empregos. Apesar disso a maioria deles se considera especialista na área, apontando que o freelancer brasileiro não associa tempo de mercado e expertise.
Rotina
A maior parte dos entrevistados não possui uma rotina de trabalho definida.
Apesar disso, 21,1% já faz projetos de freela diariamente – um número bem expressivo vale ressaltar. 36,6% deles dedicam entre 5 e 8 horas diárias a esses projetos.
Outros 32,9% dedicam entre 2 e 8 horas. Um mercado bem ativo.
Local de trabalho
Como se trata de um mercado em processo de amadurecimento, ainda é muito expressiva a quantidade de profissionais que fazem seus projetos em casa. 85,5% são adeptos do home office, 18,1% trabalham diretamente nos clientes e 6,1% em coworkings.
Dificuldades
A principal delas diz respeito à prospecção. 59,5% dos participantes da pesquisa têm dificuldades de encontrar novos clientes.
Há também dificuldade em definir o preço do próprio trabalho. 40,2% não estão conseguindo conquistar seu lugar ao sol, e 20,5% sequer sabem definir que lugar é esse.
A estabilidade financeira, os benefícios da CLT, como férias e 13º, a rotina definida, férias regulares e o relacionamento interpessoal, respectivamente, são os principais itens que esses profissionais sentem falta.
Qualidade de Vida
Apesar das dificuldades, a qualidade de vida é um grande incentivo para o freelancer.
Cerca de 42,5% dos participantes apontaram a flexibilidade e a liberdade como os principais motivos para se tornarem profissionais independentes.
Se você é um freelancer ou deseja ingressar na área, vale a pena ler a pesquisa completa.
E se você está procurando um lugar para trabalhar, a gente te dá mil motivos para trabalhar em um coworking. Ficou curioso?
A gente te conta na semana que vem, aqui no blog do DESK Coworking.