O mercado de escritórios flexíveis no Brasil está passando por uma verdadeira revolução e para validarmos essa informação, corremos atrás do famoso Censo Coworking. 🙂
O Censo Coworking 2024, revelou um crescimento expressivo no setor, consolidando os coworkings como a melhor alternativa para empresas e profissionais que buscam flexibilidade, economia e inovação.
Vem comigo, pois vamos explorar os principais insights do relatório, destacando as tendências, desafios e oportunidades desse mercado dinâmico.
O cenário do coworking no Brasil: crescimento acelerado
O Brasil registrou um aumento de aproximadamente 20% no número de espaços de coworking, passando de 2.443 para 2.986 unidades, conforme o Censo Coworking.
Esse crescimento é impulsionado por uma forte demanda por escritórios flexíveis, especialmente por parte de grandes empresas que buscam reduzir custos e proporcionar mais mobilidade a seus funcionários.
Entre os principais dados do estudo, destacam-se:
- 58,5% dos coworkings estão localizados nas capitais, reforçando seu papel como centros de inovação e negócios.
- São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram o mercado em número de espaços.
- 91% dos coworkings são multidisciplinares, ou seja, atendem a diferentes segmentos e profissionais.
Essa evolução reflete uma mudança significativa no modelo de trabalho, com empresas e empreendedores adotando cada vez mais a mentalidade do trabalho remoto e híbrido.
Infraestrutura e serviços: muito além das mesas compartilhadas
O conceito de coworking vai muito além de um espaço com mesas compartilhadas.
Os ambientes estão cada vez mais sofisticados e preparados para atender diversas necessidades, incluindo:
Escritórios privativos para empresas que precisam de privacidade.
Salas de reunião (presente em 95% dos espaços).
Espaços para eventos, cuja oferta cresceu 12% em relação ao ano anterior.
Internet de alta velocidade, áreas de convivência e comodidades como café gratuito (presente em 86% dos espaços).
A pesquisa também apontou que 70,3% dos coworkings estão localizados em prédios comerciais, enquanto 29,7% optam por casas e galerias adaptadas.
Esse dado reforça a importância da estrutura física para proporcionar um ambiente profissional e confortável para os usuários.
Outro fator essencial na experiência dos clientes é a qualidade dos serviços oferecidos.
Muitos espaços contam com diferenciais como atendimento em outros idiomas, cabines para chamadas, estacionamento e até mesmo áreas pet-friendly.
Flexibilidade e eficiência: os pilares do coworking
O estudo revelou que 35,2% dos entrevistados consideram a flexibilidade o maior benefício oferecido aos clientes.
Isso mostra como as empresas estão cada vez mais buscando alternativas para otimizar seus custos sem abrir mão da produtividade.
O levantamento apontou que:
- A maioria dos espaços tem mais de 20 estações de trabalho.
- 65,3% dos coworkings possuem até 3 salas de reunião disponíveis.
- 40% dos espaços têm ocupação superior a 60%, indicando uma forte demanda.
Outro dado interessante é que 23% dos espaços já possuem mais de uma unidade, evidenciando o crescimento e a expansão das marcas de coworking pelo país.
O DESK Coworking, por exemplo, tem três unidades em Belo Horizonte-MG.
Censo coworking: Desafios do setor e perspectivas futuras
Mesmo com o crescimento do mercado, os gestores de coworkings ainda enfrentam desafios importantes.
Em 2024, os principais obstáculos apontados pelo Censo foram:
- Organização da agenda e fluxo de caixa como as principais dificuldades operacionais.
- Atração e retenção de clientes, mostrando que a competitividade do setor exige estratégias sólidas de marketing e experiência do usuário.
- Gestão de espaços e otimização de salas de reunião e áreas compartilhadas.
Por outro lado, há grandes oportunidades para novos entrantes no mercado, já que 68,5% dos entrevistados acreditam que ainda há espaço para expansão.
A pesquisa do Valor Econômico citada no relatório aponta que a participação dos escritórios flexíveis no mercado imobiliário corporativo crescerá dos atuais 5% para 30% até 2030.
Sustentabilidade e impacto social no coworking
A preocupação com práticas sustentáveis também cresceu significativamente no setor. Segundo o Censo 2024:
- 52,3% dos coworkings já implementaram ações de responsabilidade social ou ambiental.
- 96% dos espaços possuem certificações como AVCB, ISO 9001 e LEED.
- A busca por eficiência energética e sustentabilidade tem sido um diferencial competitivo.
Esses números mostram que a sustentabilidade não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para empresas que desejam se manter relevantes no futuro.
Conclusão: o coworking é o futuro do trabalho
Os dados do Censo Coworking 2024 deixam claro que o mercado brasileiro de coworkings está mais forte e maduro do que nunca.
A combinação de crescimento acelerado, expansão de serviços e busca por inovação torna esses espaços indispensáveis para o futuro do trabalho.
Seja para startups, freelancers ou grandes corporações, os coworkings representam um modelo de trabalho mais dinâmico, sustentável e econômico.
O Brasil está apenas começando a explorar todo o potencial desse setor, e as previsões indicam que os escritórios flexíveis terão um papel fundamental na transformação do mercado imobiliário e corporativo nos próximos anos.
Fonte: Censo Coworking Woba 2024 (https://woba.com.br)